A Newsletter Healthcares Updates já conta com 6 edições e queremos resumir os principais pontos de cada edição em forma de pílula de conhecimento.
Edição 01: Por que é hora de olhar para a telessaúde?
O papel da tecnologia na transformação do cuidado em saúde
Dois conceitos-chave: telemedicina e telessaúde. A telemedicina refere-se a consultas e diagnósticos online, eliminando a necessidade de deslocamento do paciente. No entanto, essa camada de inovação não resolve completamente os desafios enfrentados no ambiente analógico, como o acompanhamento da aderência aos tratamentos. A telessaúde é um termo mais abrangente, incluindo uma variedade de serviços que vão além do atendimento médico, permitindo uma visão mais integral de cada paciente. A telessaúde envolve profissionais de diversas especialidades e facilita a comunicação contínua com os pacientes por meio de aplicativos e sistemas de monitoramento. Por exemplo, a Lincon (https://somoslincon.com.br) escolheu explorar a frente da telessaúde, juntamente com outras startups.
A saúde está se transformando como já aconteceu em outros setores, como exemplo o impacto do VAR no futebol: Uma partida histórica, do famoso trio MSN (Messi, Suárez e Neymar), mas que, apenas poucos anos depois, deixou com um gosto amargo na boca: muitos lances teriam um final completamente diferente se a tecnologia do VAR, em que árbitros podem reanalisar situações de jogo, já estivesse em esse tipo de tecnologia. O momento atual do nosso mercado é parecido: estamos vivendo uma transformação tão grande e rápida que, dentro de poucos anos, vamos nos perguntar: como era possível existir medicina de qualidade sem o apoio de tecnologias como a telemedicina e a telessaúde?
Edição 02: As teleconsultas vieram para ficar: o que descobrimos até aqui
O que já aprendemos sobre teleconsultas no Brasil
O uso da tecnologia no setor de saúde, focando nas teleconsultas como parte fundamental da telessaúde tem se popularizado no Brasil, começou em 2020 devido à pandemia de Covid-19, sendo regulamentada posteriormente pelo Conselho Federal de Medicina. Se estabeleceram práticas permanentes como das teleconsultas, incluindo cuidados com a preservação de dados, atualização de prontuários, e obtenção de consentimento dos pacientes. A evolução aconteceu rapidamente devido ao suporte tecnológico de empresas especializadas e a evolução contínua da tecnologia superando desafios, como o acompanhamento próximo dos pacientes. Exemplo: Uma senhora do interior do Tocantins que se locomovia até São Paulo regularmente para consultas simples com o seu médico. Uma jornada de quase 3 dias de ônibus (ida e volta) e que, após a adoção da teleconsulta, passou para poucos minutos através da conveniência da sua casa.
A aceitação da teleconsulta atualmente é muito positiva tanto por parte dos pacientes (71%) quanto dos médicos (68%) que estão a favor deste tipo de tecnologia.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e de Saúde Digital, o número de teleconsultas vem simplesmente dobrando ano a ano desde que a prática foi liberada:
- 2020: 7,1 milhões de teleconsultas
- 2021: 14,2 milhões de teleconsultas
- 2022: 30 milhões de teleconsultas
Edição 03: Como as linhas de cuidado vêm revolucionando a saúde
Linhas de cuidado: o paciente no centro da ação
A implementação das Linhas de Cuidado na área da saúde destaca-se pela mudança de foco do modelo tradicional para um mais centrado no paciente. Esse modelo proporciona benefícios para toda a cadeia de saúde, oferecendo cuidado abrangente e personalizado para os pacientes. Isso resulta em aumento da entrega de valor e fidelização para os prestadores de serviços, além de permitir à indústria farmacêutica compreender melhor o uso de medicamentos pelos pacientes. A atividade do paciente fora do centro médico impacta diretamente no resultado do tratamento. A tecnologia desempenha um papel crucial, proporcionando coleta eficiente de dados e intervenções oportunas no cuidado, identificando riscos antes que se manifestem. As Linhas de Cuidado estão sendo transformadas pela inclusão da tecnologia, gerando melhorias na eficiência de toda a cadeia de saúde. Nos próximos anos, essa abordagem se tornará fundamental na gestão de saúde.
Edição 04: Como lidar com desafio da retenção de pacientes na área de saúde
Um passo além da divulgação. O paciente de volta ao consultório
A decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) de flexibilizar as regras para a publicidade de serviços médicos levanta a questão crucial de onde médicos e clínicas devem concentrar esforços: na aquisição de novos pacientes por meio da publicidade ou na fidelização daqueles que já passaram em consulta. Embora o marketing não seja uma atividade central para clínicas, investir na aquisição sem focar na retenção pode resultar em esforços e dinheiro desperdiçados. A retenção, relacionada aos princípios essenciais da medicina – atenção e cuidado – é fundamental para evitar um vazamento no ciclo de pacientes, onde o centro médico atrai novos pacientes, mas o ritmo de perda é maior que o de crescimento. Na Lincon, entrevistamos mais de cem pacientes para entender suas motivações. Além de tratar questões de saúde, os pacientes valorizam aspectos como acolhimento e relacionamento contínuo com o médico. É fundamental compreender a estratégia de atender às “tarefas” (jobs) além do básico para posicionar os profissionais de saúde de forma mais favorável na rede de cuidados dos pacientes.
Em definitiva: A importância da fidelização é um fator diferencial em um cenário de maior flexibilidade na divulgação, onde os profissionais da saúde deverão ter diferenciais competitivos para se destacar no mercado.
Edição 05: Médicos empreendedores e a inovação para uma população em envelhecimento
O envelhecimento do brasileiro e as oportunidades para o empreendedorismo médico
O rápido envelhecimento da população brasileira, conforme evidenciado pelos dados do último Censo do IBGE, apresenta desafios significativos. A mudança na pirâmide etária, com a idade mediana saltando de 29 para 35 anos entre 2010 e 2022, impacta tanto as contas públicas quanto a iniciativa privada. O setor de saúde, em particular, enfrenta pressões que afetam os modelos de negócios dos planos de saúde.
Entretanto, essa transformação demográfica também traz oportunidades notáveis para empresas que concentram seus esforços na saúde e bem-estar dos idosos. Um exemplo inspirador é a startup Sanii, que captou 8 milhões de reais para expandir seus serviços voltados para a manutenção das capacidades cognitivas de pessoas com mais de 60 anos. Para médicos empreendedores, é crucial estar atentos a essa tendência e criar modelos de atendimento que atendam às demandas específicas desse público crescente. Na Lincon, por exemplo, desenvolvemos linhas de cuidado especializadas para pacientes com diabetes e hipertensão, destacando a importância de se adaptar às mudanças demográficas.
À medida que o perfil da população continua a evoluir de forma acelerada, torna-se ainda mais imperativo que os empreendedores na área da saúde, sejam executivos de operadoras de saúde, grandes redes de hospitais ou médicos em seus consultórios, se adaptem rapidamente. É essencial transformar essa mudança em uma oportunidade, em vez de encará-la como uma ameaça.
Edição 06: Que tarefas o paciente está tentando cumprir ao ir ao seu consultório?
Conceito de Jobs to Be Done nos profissionais da saúde.
A compreensão não apenas do diagnóstico, mas também dos objetivos intrínsecos dos pacientes, destaca a importância para os profissionais de saúde. O conceito de “Jobs to Be Done” (tarefas a serem cumpridas) surge como uma explicação de como os pacientes buscam atender a necessidades específicas ao procurar serviços médicos. Um exemplo esclarecedor é o de um vendedor de picolés que vende “felicidade”, ilustrando que os pacientes não adquirem apenas um serviço, mas buscam resultados intangíveis, como mais tempo com a família ou aumento da autoconfiança.
Para fazer a diferença na tomada de decisão do paciente, é essencial focar no resultado desejado.. A adaptação de recursos e ferramentas para atender às necessidades específicas dos pacientes pode resultar em diferenciais claros para o centro médico, aumentando a fidelidade dos pacientes e gerando recomendações boca a boca.
Em resumo: O que os pacientes realmente buscam ao chegarem ao centro médico? É isso que você tem entregado para eles?
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